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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O JOGO DO GATO E O RATO

O PT continua brincando de gato e rato no velho tema do controle social da mídia. A brincadeira muda de nome conforme a estação.

O nome atual do folguedo é Marco Regulatório das Comunicações. Duas semanas atrás, o partido promoveu uma conferência nacional para debater o tema e convidou até mesmo especialistas em países-de-um-jornal -só para dar palpites.

O especialista, inclusive, disse que entre um prato de comida e a liberdade é justo escolher um prato de comida. Não entrou, porém, em maiores detalhes sobre o que fazer no caso em que nenhuma das duas opções esteja disponível.

A brincadeira de gato e rato dá-se da seguinte forma: um graduado do partido diz que estão confundido regulação com censura, mas que não é nada disso. Regulação é só regulação, ninguém vai mexer nos conteúdos, não se preocupem, etc.e etc.

Outro graduado, ainda que despido momentaneamente das dragonas adquiridas por tempo de serviço dedicado à causa, fez o contraponto, no qual foi traído pelo inconsciente:

“Lamento que não tenha no Brasil um jornal também de esquerda, que seja a favor do governo, que em todos os países têm. Porque os proprietários de jornais são contra nós”.

No maniqueismo de bodega do sofisticado pensador, publicar notícias cujo conteúdo não seja especialmente apreciado pelo governo, é ser “contra nós”.


Se houvesse jornais de esquerda, problemas como a corrupçao, por exemplo, não deixariam de existir, mas pelo menos não seriam publicados.

É o que se deduz da frase.

Como não existe nenhum entrave legal à criação de jornais que sejam favoráveis ao governo e ao PT, como quer o ex-graduado, é de se supor que o único impedimento à existência deles seja uma indisposição do mercado leitor a consumir informação chapa branca.

No jogo de gato e rato que o PT joga consigo mesmo nesse assunto, uma das principais armas é esconder ou disfarçar os reais objetivos pretendidos. O que é, afinal, regulação da mídia?

Para o ministro Paulo Bernardo, que acabou nem aparecendo no evento, é um assunto incômodo que fica melhor na gaveta, que é o lugar onde ele guardou bem guardado o ante-projeto que o ex-ministro Franklin Martins preparou durante a gestão passada.

A presidente Dilma já disse que o melhor controle social é o controle remoto e também não morre de entusiasmo pelo tema.

Mas os soldados do partido não precisam da anuência dos generais para a sua batalha. Enquanto os generais, como Leônidas, combatem à sombra, eles vão à luta.

Dando uma no cravo e outra na ferradura, alternando tapas e beijos, os atores dessa comédia petista do gato e do rato estão mesmo é atrás de seu sonho de uma noite de verão: ressuscitar o projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo, porque ele reúne aquilo que é a essência de seu credo ideológico: “Orientar, disciplinar e fiscalizar os meios de comunicação”.

Não terão uma noite de sono tranquilo enquanto não conseguirem isso.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

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