Depois de desautorizar a Comissão de Ética da Presidência da República e bancar a permanência do ministro Carlos Lupi, a presidente Dilma Rousseff desdenhou ontem, em Caracas, da declaração de amor feita pelo titular do Trabalho e disse que fará uma análise objetiva para decidir, “a partir de segunda”, o destino do presidente licenciado do PDT.
A decisão iminente da presidente desencadeou no PDT uma operação de afastamento “suave” de Lupi e a tentativa de se manter na pasta ou em outro posto na Esplanada.
Questionada se o “Dilma, eu te amo” de Lupi, pronunciado durante depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, pesou na sua decisão de mantê-lo no cargo, a presidente respondeu: “Eu tenho 63 anos de idade, uma filha com 34 anos, um neto de um ano e dois meses. Não sou propriamente uma adolescente e eu diria também uma romântica. Faço análises muito objetivas”.
“Qualquer situação referente ao Brasil vocês podem ter certeza de que eu resolvo a partir de segunda-feira”, acrescentou.
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