Fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) do município de Riachão, atendendo a uma solicitação da secretaria municipal de agricultura, realizaram uma vistoria no matadouro municipal, onde havia uma carga suspeita e aparentemente sem documentação sanitária. Foi constatado que de fato se tratava de uma carga irregular com cerca de 10 toneladas de ossos de cabeças de bovinos, oriundas do matadouro municipal de Fortaleza dos Nogueiras.
O chefe da UVL(Unidade Veterinária Local) de Riachão, Edvaldo Pereira Júnior acionou imediatamente o chefe da Unidade Regional de Balsas, Diego do Amaral Sampaio que, juntos com o chefe da UVL de Balsas, Karlos Yuri e mais o Assistente de Defesa Agropecuária, Adail Ferreira dos Santos, iniciaram a fiscalização no município de Riachão.
Com a Equipe da Aged reunida, procedeu-se uma investigação minuciosa quanto à origem da carga e também a documentação zoosanitária. O proprietário do veículo, ao ser questionado sobre a documentação necessária para a circulação da carga, não apresentou qualquer indício que comprovasse a sua origem e nem qualquer processo térmico que garantisse que os produtos transportados estivessem seguros.
O proprietário apenas relatou que a carga iria para uma empresa da cidade de Fortaleza (CE), que utilizaria os ossos para a fabricação de ração para cães e gatos e que a farinha de ossos também seria fornecida a bovinos na região do Ceará, sendo esse produto, terminantemente proibido por lei para alimentação de bovinos.
Constatada a total irregularidade, o proprietário foi notificado de que toda a carga seria incinerada, e a empresa autuada em R$1,00/kg de produto apreendido, ou seja, R$10.000,00 (dez mil reais) já que não havia sido proveniente de estabelecimento com serviço de inspeção veterinária regulamentado, e nem a carga teria passado por qualquer processo térmico como autoclavagem ou calcinação para eliminação dos riscos de transmissão da EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) mais conhecida como mal da vaca louca.
A empresa foi autuada de acordo com a base legal conforme a IN 44 de 02/10/2007, Norma interna 01 do Departamento de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Lei estadual 7.386 de 16/06/1999 e Decreto 20.036 de 10/11/2003.
Concluídos os processos de autuação da empresa, o motorista do caminhão com a carga foi escoltado pelas viaturas da AGED até o lixão municipal da cidade de Riachão, onde toda a carga foi descarregada e em seguida incinerada.
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