Áreas antes consideradas inóspitas, hoje produzem soja e milho com alta tecnologia e produtividade e alavancam a economia.
por Hanny Guimarães | Fotos Jonathan Campos
Mais sete dias de viagem e 4.000 quilômetros de estrada – nem sempre em condições trafegáveis. Em Tocantins, a expansão do cultivo de grãos e as possibilidades de milho safrinha estão animando os produtores. De lá, seguimos para Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, cidade de 50 mil habitantes que cresce impulsionada pela agricultura. No Estado, ainda passamos por Barreiras, partindo para Bom Jesus e Uruçuí, no Piauí. Por fim, chegamos a Balsas, no Maranhão, onde o cultivo de soja e milho está mais consolidado e a expansão de área chega a 10% nesta safra, de acordo com dados levantados pela expedição.
O desenvolvimento de tecnologias específicas para a região está melhorando os índices de produtividade. Sementes mais resistentes à seca e às doenças só não afastaram as abelhas-jataí que nos infernizaram em um “dia de campo”. Dizem que o aparecimento delas significa chuva, e fiquei torcendo para que a água chegasse logo.
Se no sul do Brasil a seca foi implacável e motivo de quebra, no Matopiba a chuva chegou e está animando as expectativas de safra recorde na região. Relatos isolados de perdas devido à seca em determinadas áreas não puxam as estimativas para baixo. Os produtores esperam colher neste ano entre 60 e 70 sacas por hectare, número que supera as 50 sacas de 2011. As áreas possíveis de expansão, o clima e as novas tecnologias estão beneficiando as boas safras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário