Segundo a polícia, mandante trabalhou com o empresário, mas foi demitido. Cinco sequestradores foram presos nesta terça-feira(11), em três Estados.
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Secretário Aluizio Mendes e os delegados que participaram da
elucidação do sequestro.
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O trabalho realizado pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), com o apoio das polícias do Tocantins e Pará, resultou na elucidação do sequestro do menino Pedro Paulo Mendes, 5 anos e a prisão de 3 acusados do crime.
Pedro Paulo foi sequestrado em sua casa no centro de Imperatriz na manhã do dia 27 de junho, sendo mantido em cativeiro por 14 dias e libertado na noite de terça-feira (10) no distrito de Cicilândia, município de Palmeirante no Tocantins, mediante o pagamento de R$ 500mil, numa ação orientada e monitorada pela equipe de investigação da Seic.
Em entrevista no fim da tarde desta quarta-feira (11), em Imperatriz, o secretário Aluísio Mendes destacou a importância da ação conjunta.
O Secretário de Segurança, Aluísio Mendes, acompanhado dos delegados que trabalharam no caso e representantes do Ministério Público, apresentou o mandante do crime e mais dois integrantes da quadrilha envolvida na ação e detalhou as informações sobre os motivos do sequestro.
Foram apresentados Antonio Diagui, acusado ser o mentor do sequestro, preso em Imperatriz; Ricardo Feitosa Santos, sequestrador que invadiu a casa e receptou a criança; e Bruno Francisco, responsável pelo apoio logístico do crime, sendo a pessoa que resgatou os dois criminosos após o pagamento do resgate, ambos presos na cidade de Marabá no Pará.
Mais duas pessoas foram presas no local onde Pedro Paulo era mantido em cativeiro, sendo uma mulher e um homem, que não tiveram os nomes revelados em função da polícia está realizando averiguação para apurar o verdadeiro nome deles, já que foram encontrados com diversas carteiras de identidade.
As equipes de investigação continuam na busca de mais quatro foragidos: uma mulher e três homens.
Participaram ainda coletiva o secretário-adjunto de Inteligência, Laércio Costa; o superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair Paiva Lima; os delegados André Gossain; da Seic e Assis Ramos; da 10ª Delegacia de Imperatriz; comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, Edeílson Carvalho; e o promotor de Justiça, Joaquim Ribeiro Júnior.
Sequestro
O sequestro do menino Pedro Paulo Lemes foi idealizado por Antonio Dagui, ex-funcionário do pai da criança, Jurandir Mellado. Dagui, por anos, trabalhou com a família do sequestrado e conhecia de perto todos os hábitos dos moradores da casa onde vivia o garoto, o que lhe facilitou detalhar a quadrilha de sequestradores, os passos e o poder aquisitivo de cada um dos famialires de Pedro Paulo. Ele foi demitido da empresa do pai da vítima.
De posse dos dados da rotina da família, Antonio Dagui informou a líder do bando, já identificado pela policia como de alta periculosidade e com mais de 10 mandados de prisão, sendo procurado no Brasil inteiro.
Ele repassou, inclusive, as condições de saúde da criança, que tem rejeição a lactose e também o valor máximo que eles poderiam pagar pelo resgate. A partir daí, a quadrilha se organizou e começou a planejar o sequestro consumado na manhã de 27 de junho.
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Chegada dos acusados dos sequestro na Delegacia Regional de Imperatriz
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O trabalho da polícia foi iniciado logo após o sequestro de Pedro Paulo. Equipes de delegados e investigadores da Seic vieram para região de Imperatriz e, com apoio dos agentes da 10ª Delegacia Regional, começaram as ações de investigação do caso.
No primeiro momento, a operação se concentrou com buscas na região Norte do Tocantins, conhecida como Bico do Papagaio e depois desencadeou para o estado do Pará.
Os sequestradores mantiveram contato com a família desde os primeiros momentos do sequestro. Isto não foi divulgado, porque o sigilo é fundamental nestes casos.
Quando a polícia teve certeza que a criança estava bem, e tinha sido libertada as prisões dos seqüestradores começaram a ser efetuadas.
Na terça-feira (10) Pedro Paulo foi libertado no estado do Tocantins e a polícia monitorou os passos das pessoas incumbidas de buscar o valor do resgate na cidade de Araguaína.
Na quarta-feira (11), Antonio Dagui foi preso em Imperatriz com R$100mil. O restante do dinheiro foi dividido entre os outros membros da quadrilha.
A operação para prender todo o bando envolvido no sequestro continua.
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